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Série 

Mata Primária

Diante do desmatamento da Mata Atlântica, que hoje preserva apenas 12,4% de sua área original, a artista criou a série “Mata Primária”, composta por pinturas em grande escala que convidam à reflexão sobre a destruição das matas e suas consequências. As obras destacam a vegetação nativa, como a palmeira Juçara, espécie ameaçada pela exploração ilegal. Historicamente relevante para os Tupinambás, que nomearam o Brasil de Pindorama, a palmeira hoje é reduzida a um elemento decorativo urbano, distanciado de sua importância original.

A artista mergulha na temática da desconexão ao aproximar as folhas de seu corpo, empregando a técnica de frottage com carvão e fogo, um processo que surgiu durante suas imersões na floresta, em colaboração com o botânico Luccas Rigueiral. Ao longo de toda a instalação, uma luz verde banha as obras, criando uma atmosfera que, à primeira vista, evoca o verde das matas. Contudo, essa luz também remete à toxicidade associada ao verde artificial, criando uma tensão entre a natureza, sua representação e a destruição causada pelo ser humano.

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