Mãe Terra é uma performance realizada em contexto amazônico que investiga práticas de escuta, enraizamento e reconexão entre corpos humanos e o ambiente. A ação parte da construção de uma estrutura com folhas de palmeira nativa — um abrigo temporário que funciona como espaço de imersão sensorial e deslocamento perceptivo. Durante a performance, fibras de palmeira são amarradas aos braços de participantes, criando uma rede de vínculos materiais e simbólicos que questiona a separação entre humano e não humano. A artista propõe um corpo antena, um corpo que se reconfigura a partir de outros modos de percepção, inspirados em dinâmicas presentes nos sistemas vegetais: interação, sensibilidade e comunicação subterrânea. Mãe Terra articula práticas de sensibilidade radical e experimentação corporal para imaginar formas de coexistência que reconheçam a agência dos territórios e dos saberes não hegemônicos. Trata-se de uma prática crítica de descentramento — um exercício para reconfigurar nossa inserção nos ecossistemas vivos. Tipo: Vídeo-performance Concepção e performance: Cristina Canepa Percursão: Heldergama Catraca Participação especial (oração ancestral): Esmaelino Santos Ano: 2023 Duração: 2:43 Local: Amazônia Paraense- Alter do Chão Link: https://youtu.be/ElRH2SVgunk?si=VL5gWDHGE1KwOcw8